A importância da oração
D.N.A. Do Nada Algo
A importância da oração
“אַנתּ דֵּין אֵמַתי דַּמצַלֵא אַנתּ עוּל לתַוָנָכ וַאחוּד תַּרעָכ וצַלָא לַאבוּכ דַּבכֵסיָא וַאבוּכ דּחָזֵא בּכֵסיָא נֵפרעָכ בּגֵליָא .”
Mas tu, quando orares, fecha-te 1 no teu quarto e ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.”
Matityahu (Mat.) 6.6 – traduzido do aramaico
Embora esse passuk2 seja o mais lembrado, ele está inserido em um contexto de ensino de oração. Falaremos posteriormente sobre a oração que Yeshua nos deixou, conhecida como “Pai Nosso”, ou “Avun d’bashmaya”. Porém, neste material introdutório, trataremos da parte anterior que seria uma aula introdutória de Yeshua sobre a oração.
Aqui, quando lemos o aramaico, podemos perceber um belo jogo de palavras, como era comum na época, praticamente um poema. Lemos aqui a expressão “fechar-se em seu quarto”, e podemos verificar que a palavra ‘ul (עוּל), “fechar”, tem vários sentidos no aramaico, um deles é fechar, porém, também pode significar “errar”, “mal”, “pecado”. Porém, a palavra aramaica é uma variante que provém da palavra Hebraica e’uwl (אול) que tem sua raiz em אל, que significa simplesmente “entrar”. Esse jogo de palavras nos ensina algo interessante. O fechar-se no quarto pode ser associado à tristeza por conta do pecado. O arrependimento e tristeza pelo pecado deve ser um relacionamento pessoal.
A restauração deve ser íntima e pessoal, deve ser entre o Eterno e o indivíduo que está pedindo perdão. Provavelmente por isso a cultura Israelita guarda até hoje o ato de esconder-se dentro da Simlah3, manto de oração, durante uma súplica, arrependimento ou tristeza, como forma de íntima relação entre o Restaurador e o restaurado. Muitos até hoje, por vezes querem mostrar-se com aparência de piedade e abrem berros diante de comunidades, porém Yeshua nos ensina que esse tipo de clamor deve ser mantido na intimidade com nosso Pai. Infelizmente a mesma corrupção farisaica permanece em grupos modernos, cristãos e judaicos. Muitos se apegam à tristeza e preferem chamar a atenção a si, quando em uma congregação, ajuntamento ou comunidade, os holofotes devem estar diante do Eterno e não dos homens.
Há momentos para súplica, porém, isso é extremamente íntimo e pessoal. É claro que existem exceções, mas, em suma, devemos aprender que no momento de clamor coletivo não há espaço para alguém em alta voz com lágrimas, chamando a atenção de homens, pois, como Yeshua mesmo diz, estes já receberam as suas recompensas. Não devemos fazer coisa alguma a fim de sermos vistos pelos homens, pois assim fazem os gentios e hipócritas.